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1755 | paroles / lyrics
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01- Em Nome Do Medo
02- 1755
03- In Tremor Dei
04- Desastre
05- Abanão
06- Evento
07- 1º De Novembro
08- Ruínas
09- Todos Os Santos
10- Lanterna Dos Afogados
02- 1755
03- In Tremor Dei
04- Desastre
05- Abanão
06- Evento
07- 1º De Novembro
08- Ruínas
09- Todos Os Santos
10- Lanterna Dos Afogados
Em Nome Do Medo
Sou sangue
De teu sangue
Sou luz
Que se expande
Sou medo
De teu medo
Senhor
Do teu tempo
Em nome do medo
Em nome do medo
Do medo sem fim
Na ira dos deuses
Caímos enfim
A vida cruel
Tormenta assim
O céu que nos esmaga
N'ausência de ti
Em nome do medo
Do medo sem fim
Em nome do medo
Medo
Sou sangue
De teu sangue
Sou luz
Que se expande
Sou medo
De teu medo
Senhor
Do teu tempo
Em nome do medo
Mesmo o vento
Por terra me deita
E nem o fogo
Por dentro me queima
Negro alfabeto
Do chão te levanta
Tua confiança
Jamais se aquebranta
Comemos os frutos de
Tão triste jardim
Faltou-nos o tempo
Chegamos ao fim
Em nome do medo
Medo
Sou sangue
De teu sangue
Sou luz
Que se expande
Sou medo
De teu medo
Senhor
Do teu tempo
Em nome do
(Em nome do)
Sou sangue
Sou medo
(Em nome do) medo
(Sou sangue)
Sou sangue
(De teu sangue)
De teu sangue
(Sou luz)
Sou luz
(Que se expande)
Que se expande
(Sou medo)
Sou medo
(De teu medo)
De teu medo
(Senhor)
Senhor
(Do teu tempo)
Em nome do medo
(Medo)
Medo
(Medo)
1755
Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei
Spiritum maledictum
In nomine dei
Diz-me quem é que lá vem
Dentro do mar de ninguém
Que força é essa que não se contém?
Que força é essa que não?
Não, não deixará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sobre a terra
Uma cidade perdida
E sete mares num só
As cinco pontas da estrela maldita
As cinco chagas de luz
Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei
Não, não deixará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sob as estrelas
Não, não ficará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sobre a terra
Sanctum
Spiritum
Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei
Não, não deixará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sob as estrelas
Não, não ficará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém
Sanctum benedictum
Spiritum maledictum
Sanctum
In Tremor Dei
(In tremor) x3
(In tremor dei)
(In tremor) x3
(Dei)
In tremor dei
Renego à vida
Uma jura
Sacramentada
In tremor dei
P'las almas dos mortos
Uma jura
Consagrada
Roubaste-me o ar
De peito aberto
A chuva que não cai
No horizonte
Deslumbro o sol
Que se põe a leste
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Sem Deus
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Em chamas
Lisboa
(In tremor) x3
(In tremor dei)
In tremor dei
Haja esperança
Quando cai
Uma cidade
In tremor dei
Lanterna acesa
Outro império
Se levanta
Um só aviso
De mar aberto
Assim Deus ordena
Procuro vingança
Nas cinzas dos mortos
Conjuro a destruição
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Sem Deus
Lisboa
Em chamas
Tremendo
Caída
Em chamas
Lisboa
(In tremor)
(In tremor)
(In tremor)
(In tremor dei)
(In tremor) x3
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Sem Deus
Lisboa
Em chamas
Tremendo
Caída
Em chamas
Lisboa
Desastre
Por entre corpos que caem
Na lama, na lama
Mesmo desmentindo os sábios
Infâmia, infâmia
Por entre as horas do dia
Deriva, deriva
E já Deus quem nos mente
Culpado, culpado
Culpado
Culpado
Culpado
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
(Aconteceu)
(Aconteceu)
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
Culpado
Culpado
Culpado
Perfeito foi teu juízo
Extrema a tua unção
Misterioso desígnio
Dos homens (dos homens)
Por que para ti eu vivo
E morro (e morro)
E mato
E morro
E juro
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
Devoco, accuso
Terra mortem
Devotio, accuso
Terra mortem
Devoco, accuso
Terra mortem
Devotio, accuso
Culpado
Culpado
Culpado
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
És apenas um homem
(Devoco, accuso)
Um escravo de Deus
(Terra mortem)
És apenas um homem
(Devotio, accuso)
Um escravo de Deus
(Terra mortem)
És apenas um homem
(Devoco, accuso)
Um escravo de Deus
(Terra mortem)
Autor do desastre
Que aconteceu
(Devotio, accuso)
Culpado
Culpado
Culpado
Abanão
(Terra tremi in nomine)
(Terra tremi solitudine)
(Terra tremi miseriae)
(Terra tremi benevolentiae)
Transformo a água em vidro
Estilhaço à solidão
Tu que rastejas a superfície
Sabes quão terrível
É meu destino
Minha ilusão
É meu destino
Minha ilusão
Amor com amor se paga
Cidade armadilhada
Incerto lugar, incerto momento
Sabes quão terrível
É minha sina
(Terra tremi in nomine)
Minha ilusão
(Terra tremi solitudine)
É minha sina
(Terra tremi miseriae)
Minha ilusão
Abanão
A terra treme
Abanão
A terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
Sem perdão
Transformo a brisa em vento
Convoco a desolação
Tu que nos olhas daí de cima
Sabes quão sinistra
É minha sina
(Terra tremi in nomine)
Minha ilusão
(Terra tremi solitudine)
É minha sina
Minha ilusão
Abanão
A terra treme
Abanão
A terra treme
Ugh
Abanão
A terra treme
Abanão
A terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
Sem perdão
(Terra tremi in nomine)
(Terra tremi solitudine)
(Terra tremi miseriae)
(Terra tremi, terra tremi)
Evento
O sangue ainda escorre
O chão ainda vibra (vibra)
Os corpos tombados lá fora
Parece que gritam
A fé não serve de nada
Que é feito do Deus que nos amava?
Sossega-te
É o fim
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Enterrem-se os mortos
Alimentem-se os vivos
A cidade a ferro e a fogo
Capital à deriva
A fé não serve, não serve de nada
Onde está Ele que por nos olhava?
Sossega-te
Sossega-te
É o fim
(É o fim)
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Sossega-te
É o fim
(É o fim)
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Sossega-te
Maldita memória
Verdade ou mentira?
O chão ainda chora
As pedras caídas
O sangue ainda escorre
Nas ruas vazias
Maldita memória
Que te paralisa
E fica quieto
E fica quieto
Sossega-te
É o fim
(É o fim)
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Sossega-te
É o fim
E fica quieto
Porque Deus
Quis assim
(Quis assim)
1º De Novembro
Ser esmagados p'la derrocada
Arrastados p'lo turbilhão
Ser o corpo do penitente
Ter nos lábios a chuva de sangue
Na alma, a mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
É a Europa que afunda
Começando por aqui
É o 1º de novembro
É o fado sem remendo
Tanta mágoa
Tanta mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
Tanta mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
Agora
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Rebentam
As águas
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Renasce Lisboa
Entrega a alma
Renasce Lisboa
Lisboa
Renasce
Entrega a alma
Renasce Lisboa
Ser esmagados p'la derrocada
Arrasados por tua mão
Neste dia que era teu
Ter na boca a língua em sangue
No corpo, a mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Ruínas
Sei
Que sim
Que não
Talvez
Ruínas
Há muito tempo
Que se calaram
Os sinos
Os sinos
Vem e traz contigo
Tudo o que merecemos
Vem, leva-me contigo
Ao meu destino
Deus e o diabo
Já se encontraram
Vem e cai comigo
Não temas
Porque eu sei
(Sei, sei)
Que sim, que não, talvez
Vem (vem, vem)
Não temas
Sei (sei, sei)
Que sim, que não, talvez
Vem (vem, vem)
Não temas
A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima
A cinza no ar
Os escombros da terra
Ruínas (ruínas)
Ruínas
Vem
Desce das estrelas, vem
Vem
Ruína, soberba
Vênus desencantada
Tudo é castigo
Cai, fomos fogo
Somos
A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima
Ruínas
A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima
A cinza no ar
Os escombros da terra
Ruínas
Ruínas
A cinza no ar
Ruínas
Todos Os Santos
Apesar da matança
Dos corpos caídos
Que decoram as colinas
Faz dia em Portugal
Apesar da desgraça
Dos mortos, dos vivos
Que percorrem a cidade
Faz dia, faz dia
Em todas as cruzes
Tábuas partidas
Quarenta igrejas caídas
E dos conventos
Nem um lamento
Nem um sinal de vida
Todos os santos
Não chegaram
Faz dia em Portugal
Apesar do massacre
De fracos e fortes
Que rezavam às matinas
Faz dia em Portugal
Apesar da miséria
De ricos e pobres
Faz dia
Faz dia em Portugal
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Faz dia
Faz dia em Portugal
(Todos os santos)
(Não chegaram)
(Todos os santos)
(Não chegaram)
(Apesar da matança)
(Apesar da matança)
Todos os santos
Não chegaram
(Apesar da matança)
(Faz dia em Portugal)
Todos os santos
Não chegaram
(Faz dia em Portugal)
Todos os santos
Não chegaram
(Faz dia em Portugal)
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Faz dia
Faz dia (em Portugal)
Em Portugal
Faz dia, faz dia
Em Portugal
Lanterna Dos Afogados
Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu tô na lanterna
Dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Estou na lanterna
Dos afogados
Tô te esperando
Vê se não vai demorar
Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Uma noite longa
Pr'uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
Eu tô na lanterna
Dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Noite longa
Tantas marcas
Pra quem precisa chegar
Noite longa
Tantas marcas
Pra quem precisa chegar
Noite longa (noite longa)
Tantas (tantas) marcas (marcas)
Pra quem precisa chegar
(Pra quem precisa chegar)
Noite longa (noite longa)
Tantas (tantas) marcas (marcas)
Pra quem precisa chegar
(Noite longa)
(Tantas marcas)
(Pra quem precisa chegar)
Sou sangue
De teu sangue
Sou luz
Que se expande
Sou medo
De teu medo
Senhor
Do teu tempo
Em nome do medo
Em nome do medo
Do medo sem fim
Na ira dos deuses
Caímos enfim
A vida cruel
Tormenta assim
O céu que nos esmaga
N'ausência de ti
Em nome do medo
Do medo sem fim
Em nome do medo
Medo
Sou sangue
De teu sangue
Sou luz
Que se expande
Sou medo
De teu medo
Senhor
Do teu tempo
Em nome do medo
Mesmo o vento
Por terra me deita
E nem o fogo
Por dentro me queima
Negro alfabeto
Do chão te levanta
Tua confiança
Jamais se aquebranta
Comemos os frutos de
Tão triste jardim
Faltou-nos o tempo
Chegamos ao fim
Em nome do medo
Medo
Sou sangue
De teu sangue
Sou luz
Que se expande
Sou medo
De teu medo
Senhor
Do teu tempo
Em nome do
(Em nome do)
Sou sangue
Sou medo
(Em nome do) medo
(Sou sangue)
Sou sangue
(De teu sangue)
De teu sangue
(Sou luz)
Sou luz
(Que se expande)
Que se expande
(Sou medo)
Sou medo
(De teu medo)
De teu medo
(Senhor)
Senhor
(Do teu tempo)
Em nome do medo
(Medo)
Medo
(Medo)
1755
Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei
Spiritum maledictum
In nomine dei
Diz-me quem é que lá vem
Dentro do mar de ninguém
Que força é essa que não se contém?
Que força é essa que não?
Não, não deixará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sobre a terra
Uma cidade perdida
E sete mares num só
As cinco pontas da estrela maldita
As cinco chagas de luz
Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei
Não, não deixará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sob as estrelas
Não, não ficará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sobre a terra
Sanctum
Spiritum
Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei
Não, não deixará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém sob as estrelas
Não, não ficará
Pedra sobre pedra
Não, não restará
Ninguém
Sanctum benedictum
Spiritum maledictum
Sanctum
In Tremor Dei
(In tremor) x3
(In tremor dei)
(In tremor) x3
(Dei)
In tremor dei
Renego à vida
Uma jura
Sacramentada
In tremor dei
P'las almas dos mortos
Uma jura
Consagrada
Roubaste-me o ar
De peito aberto
A chuva que não cai
No horizonte
Deslumbro o sol
Que se põe a leste
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Sem Deus
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Em chamas
Lisboa
(In tremor) x3
(In tremor dei)
In tremor dei
Haja esperança
Quando cai
Uma cidade
In tremor dei
Lanterna acesa
Outro império
Se levanta
Um só aviso
De mar aberto
Assim Deus ordena
Procuro vingança
Nas cinzas dos mortos
Conjuro a destruição
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Sem Deus
Lisboa
Em chamas
Tremendo
Caída
Em chamas
Lisboa
(In tremor)
(In tremor)
(In tremor)
(In tremor dei)
(In tremor) x3
Lisboa
Em chamas
Caída
Tremendo
Sem Deus
Lisboa
Em chamas
Tremendo
Caída
Em chamas
Lisboa
Desastre
Por entre corpos que caem
Na lama, na lama
Mesmo desmentindo os sábios
Infâmia, infâmia
Por entre as horas do dia
Deriva, deriva
E já Deus quem nos mente
Culpado, culpado
Culpado
Culpado
Culpado
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
(Aconteceu)
(Aconteceu)
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
Culpado
Culpado
Culpado
Perfeito foi teu juízo
Extrema a tua unção
Misterioso desígnio
Dos homens (dos homens)
Por que para ti eu vivo
E morro (e morro)
E mato
E morro
E juro
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
Devoco, accuso
Terra mortem
Devotio, accuso
Terra mortem
Devoco, accuso
Terra mortem
Devotio, accuso
Culpado
Culpado
Culpado
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
És apenas um homem
Um escravo de Deus
Autor do desastre
Que aconteceu
És apenas um homem
(Devoco, accuso)
Um escravo de Deus
(Terra mortem)
És apenas um homem
(Devotio, accuso)
Um escravo de Deus
(Terra mortem)
És apenas um homem
(Devoco, accuso)
Um escravo de Deus
(Terra mortem)
Autor do desastre
Que aconteceu
(Devotio, accuso)
Culpado
Culpado
Culpado
Abanão
(Terra tremi in nomine)
(Terra tremi solitudine)
(Terra tremi miseriae)
(Terra tremi benevolentiae)
Transformo a água em vidro
Estilhaço à solidão
Tu que rastejas a superfície
Sabes quão terrível
É meu destino
Minha ilusão
É meu destino
Minha ilusão
Amor com amor se paga
Cidade armadilhada
Incerto lugar, incerto momento
Sabes quão terrível
É minha sina
(Terra tremi in nomine)
Minha ilusão
(Terra tremi solitudine)
É minha sina
(Terra tremi miseriae)
Minha ilusão
Abanão
A terra treme
Abanão
A terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
Sem perdão
Transformo a brisa em vento
Convoco a desolação
Tu que nos olhas daí de cima
Sabes quão sinistra
É minha sina
(Terra tremi in nomine)
Minha ilusão
(Terra tremi solitudine)
É minha sina
Minha ilusão
Abanão
A terra treme
Abanão
A terra treme
Ugh
Abanão
A terra treme
Abanão
A terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
(Abanão)
Tudo está bem, mas a terra treme
Sem perdão
(Terra tremi in nomine)
(Terra tremi solitudine)
(Terra tremi miseriae)
(Terra tremi, terra tremi)
Evento
O sangue ainda escorre
O chão ainda vibra (vibra)
Os corpos tombados lá fora
Parece que gritam
A fé não serve de nada
Que é feito do Deus que nos amava?
Sossega-te
É o fim
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Enterrem-se os mortos
Alimentem-se os vivos
A cidade a ferro e a fogo
Capital à deriva
A fé não serve, não serve de nada
Onde está Ele que por nos olhava?
Sossega-te
Sossega-te
É o fim
(É o fim)
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Sossega-te
É o fim
(É o fim)
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Sossega-te
Maldita memória
Verdade ou mentira?
O chão ainda chora
As pedras caídas
O sangue ainda escorre
Nas ruas vazias
Maldita memória
Que te paralisa
E fica quieto
E fica quieto
Sossega-te
É o fim
(É o fim)
E fica quieto
Porque Deus
Assim quis
Sossega-te
É o fim
E fica quieto
Porque Deus
Quis assim
(Quis assim)
1º De Novembro
Ser esmagados p'la derrocada
Arrastados p'lo turbilhão
Ser o corpo do penitente
Ter nos lábios a chuva de sangue
Na alma, a mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
É a Europa que afunda
Começando por aqui
É o 1º de novembro
É o fado sem remendo
Tanta mágoa
Tanta mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
Tanta mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
Agora
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Rebentam
As águas
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Renasce Lisboa
Entrega a alma
Renasce Lisboa
Lisboa
Renasce
Entrega a alma
Renasce Lisboa
Ser esmagados p'la derrocada
Arrasados por tua mão
Neste dia que era teu
Ter na boca a língua em sangue
No corpo, a mágoa
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
(Mágoa, corpus, sanguis, gloria)
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No 1º de novembro
Ruínas
Sei
Que sim
Que não
Talvez
Ruínas
Há muito tempo
Que se calaram
Os sinos
Os sinos
Vem e traz contigo
Tudo o que merecemos
Vem, leva-me contigo
Ao meu destino
Deus e o diabo
Já se encontraram
Vem e cai comigo
Não temas
Porque eu sei
(Sei, sei)
Que sim, que não, talvez
Vem (vem, vem)
Não temas
Sei (sei, sei)
Que sim, que não, talvez
Vem (vem, vem)
Não temas
A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima
A cinza no ar
Os escombros da terra
Ruínas (ruínas)
Ruínas
Vem
Desce das estrelas, vem
Vem
Ruína, soberba
Vênus desencantada
Tudo é castigo
Cai, fomos fogo
Somos
A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima
Ruínas
A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima
A cinza no ar
Os escombros da terra
Ruínas
Ruínas
A cinza no ar
Ruínas
Todos Os Santos
Apesar da matança
Dos corpos caídos
Que decoram as colinas
Faz dia em Portugal
Apesar da desgraça
Dos mortos, dos vivos
Que percorrem a cidade
Faz dia, faz dia
Em todas as cruzes
Tábuas partidas
Quarenta igrejas caídas
E dos conventos
Nem um lamento
Nem um sinal de vida
Todos os santos
Não chegaram
Faz dia em Portugal
Apesar do massacre
De fracos e fortes
Que rezavam às matinas
Faz dia em Portugal
Apesar da miséria
De ricos e pobres
Faz dia
Faz dia em Portugal
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Faz dia
Faz dia em Portugal
(Todos os santos)
(Não chegaram)
(Todos os santos)
(Não chegaram)
(Apesar da matança)
(Apesar da matança)
Todos os santos
Não chegaram
(Apesar da matança)
(Faz dia em Portugal)
Todos os santos
Não chegaram
(Faz dia em Portugal)
Todos os santos
Não chegaram
(Faz dia em Portugal)
Todos os santos
Não chegaram
Todos os santos
Não chegaram
Faz dia
Faz dia (em Portugal)
Em Portugal
Faz dia, faz dia
Em Portugal
Lanterna Dos Afogados
Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu tô na lanterna
Dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Estou na lanterna
Dos afogados
Tô te esperando
Vê se não vai demorar
Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Uma noite longa
Pr'uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
Eu tô na lanterna
Dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Noite longa
Tantas marcas
Pra quem precisa chegar
Noite longa
Tantas marcas
Pra quem precisa chegar
Noite longa (noite longa)
Tantas (tantas) marcas (marcas)
Pra quem precisa chegar
(Pra quem precisa chegar)
Noite longa (noite longa)
Tantas (tantas) marcas (marcas)
Pra quem precisa chegar
(Noite longa)
(Tantas marcas)
(Pra quem precisa chegar)
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